terça-feira, 22 de abril de 2008

Merda

do latino merda

s.f

matérias fecais;
excremento;
porcaria;
coisa insignificante;

sm.fig

individuo reles, sem dignidade;

interj.

indicativo de desprezo, repulsão e exasperação;

gir.

droga.

Aqui está um post para reflectirem...

Cláudio R. sensível e inteligente

domingo, 20 de abril de 2008

Inspiração...

Pois é, ultimamente não tenho tido qualquer "inspiração" para escrever o que quer que seja, daí o blog andar meio "parado"... Felizmente hoje tive uma pequena ideia, se não tenho tido inspiração, porque não escrever acerca da inspiração ???

A inspiração aparece nas piores horas. Não a conseguimos controlar, traz-nos rasgos de genialidade mas com a mesma intensidade nos faz reviver os piores momentos pelos quais passamos. Sim, porque a felicidade não nos inspira; só o sofrimento, só a dúvida, só a incerteza. A inspiração alimenta-se de sentimentos intensos, de memórias às quais somos incapazes de escapar.

Um momento feliz é fácil esquecermos, mas quantos de nós conseguem deixar para trás os momentos tristes ? Quem consegue afastar aquele aperto claustrofóbico no peito ?

Pergunto-me a mim próprio porque é que estou a escrever acerca da inspiração, o que me leva a estar inspirado para escrever... porque é a única forma de conseguir canalizar os sentimentos para algum lado sem os ter aqui a apertar a meu peito. É tão difícil tentar esquecer a realidade, é tão difícil lidar com a rejeição, com a indiferença, com a dor...

Sinto que fugir é o melhor que faço, mas sempre que estou perto de uma saida há sempre algo que me relembra que não consigo escapar, algo que me relembra o quanto sou impotente, o quanto sou fraco, o quanto sou fácil de manipular...
Talvez devesse parar de escrever, mas eventualmente vou chegar à conclusão de que não consigo fugir, e mais uma vez, cair no abismo.

Uma lição ?
Não há...

Uma verdade ?
A inspiração é uma merda porque faz de nós génios por escassos segundos e depois nos faz ver o quanto somos insignificantes...

Cláudio R, vulgo, o autor de coisas profundas mas inúteis

terça-feira, 8 de abril de 2008

Sessão de Cinema Inesperada

Isto de andar alterado dá cabo de mim.

Certo dia entrei numa grande superfície de electrodomésticos e acidentalmente fui parar à secção de câmaras e máquinas de filmar...
Escusado será dizer que estive entretido durante hora e meia colado a uma televisão, onde curiosamente passava um filme em que o único actor era eu, que olhava insistentemente para uma televisão.

Um filme sobre mim ? Mas quem é que se lembraria de realizar um filme sobre mim ?

Cláudio R.

domingo, 6 de abril de 2008

Espiral Obsessiva

Gostava de vos contar uma história...

É uma história que podes achar estranha ou familiar, mas não fiques alarmado.

A dada altura, existia um homem que se sentia muito atraído por uma mulher em particular.
No início, era apenas mais uma outra mulher atraente… mas qanto melhor a conhecia, mais crescia a sensação de atração… e quanto mais tempo gastava com ela, mais a atração crescia.

Mas havia um problema.

Enquanto seu sentimento crescia cada vez forte e mais forte, cresceu também mais e mais a insegurança.

Porquê?

Porque não sabia se ela se sentia da mesma forma em relação a ele.
Às vezes dizia coisas como “tu és mas que importante para mim” e “estou tão contente que estejas na minha vida”… mas nada evoluiu para mais do que o campo da
amizade.
Havia um abraço ocasional, um beijo ocasional no semblante dela… uma vez até agarrou mesmo sua mão por muito tempo quando falou acerca de um assunto emocional.

Mas algo estava errado no retrato. Ele estava a agir apenas como um amigo.

A insegurança que sentia transformou-se uma espiral que se amplificava… e mais inseguro se tornou, mais receoso... apresentava sinais de adicção, quanto mais inseguro se tornava, menos era o tempo que ela parecia querer estar com ele. Após ter gasto muitos dias e noites de obsessão sobre esta mulher, o homem chegou finalmente à conclusão que se ela soubesse somente como ele se SENTIA, que sentiria a mesma coisa.

E assim fêz.

Confessou que estava apaixonado, que faria qualquer coisa para a ter. Ela olhou-o nos olhos com compaixão e disse “obrigado… é muito bom saber que significo tanto para ti… mas não quero estragar a nossa amizade… és demasiado importante para mim… “.

E deixou o homem ainda mais confuso. O que será que significou aquela frase ?

Significou que o amava realmente, mas que estava receosa de algo?
Significou que não estava pronta para um relacionamento a longo prazo?
Significou que não o amava, mas que estava tentando lhe dizer de forma a não o magoar?Significou que não tinha tentado o suficiente?

Decidiu finalmente que não podia continuar com isto desta forma.Teve que se certificar de que sabia realmente o que se passava… assim fêz um exame de consciência, comprou um presente simbólico, e escreveu-lhe uma carta longa, longa… outra vez confessando seus sentimentos.

E então o impensável aconteceu.
Ela não respondeu.
Telefonou-lhe três vezes por dia durante quase uma semana antes de conseguir falar com ela. Deu uma desculpa que estava muito ocupada, e disse “mais logo eu telefono-te, tenho que ir

...mas ele nunca recebeu uma chamada de volta.

Durante o curso dos meses seguintes o homem tentou desesperadamente perceber o que tinha acontecido, o que tinha corrido mal, mas nunca chegou a uma
conclusão.

O que será que se passou ?

Cláudio R.